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quinta-feira, 24 de maio de 2012

O PAPEL DA ALIMENTAÇÃO


O corpo produz compostos químicos que atuam como agentes inflamatórios ou anti-inflamatórios, chamados prostaglandinas, a partir dos nutrientes que absorve por via alimentar. À medida que os estudos dão conta das propriedades dos alimentos, autores como Andrew Weil ou o dermatologista Nicholas Perricone vão compondo aquela que é a melhor dieta para controlar doenças, perder peso e reverter patologias relacionadas com a idade. Os novos inimigos não são os alimentos calóricos, são os que despoletam processos inflamatórios. O problema é que a informação nutricional no rótulo dos alimentos não indica de que forma ele afeta estes processos. Era mais fácil se pudéssemos passear pelos corredores dos supermercados sabendo se um determinado alimento irá atenuar ou agravar os processos inflamatórios no organismo.


FATOR DE INFLAMAÇÃO DOS ALIMENTOS



Bastava para isso que a informação constante do rótulo incluísse o novo sistema criado pela investigadora norte-americana Mônica Reinagel. Mónica estudou culinária na Academia de Cozinha em Washington e, após o diploma em Nutrição, passou anos a estudar o fenômeno da inflamação sistêmica. Em 2006, no livro "The inflammation Free Diet Plan", Mônica apresentou o seu Factor de inflamação (FI) dos Alimentos, um sistema de classificação baseado no potencial inflamatório e anti-inflamatório de mais de 20 nutrientes. Esta tabela, que engloba mais de 1500 alimentos comuns, classifica com um valor FI negativo os alimentos que aumenta a inflamação e com FI positivo aqueles que as reduzem. Não existem limites máximos ou mínimos, daí a diversidade de números apresentados. Os nutrientes com ação anti-inflamatória (selênio, DHA, zinco, ácido fólico, gordura monoinsaturada, entre outros) são ponderados em simultâneo com os de ação inflamatória (ácido araquidônico, gordura saturada e alimentos de elevado índice glicêmico), e, tal como uma equação, encontra-se um valor final. Quanto maior o número, maior o efeito. A classificação FI estão também dependentes dos tamanhos das porções. Mônica refere que não é grave ingerir alimentos com FI negativo mas recomenda no geral uma dieta com maior preponderância de alimentos FI positivos:"Não evite os alimentos inflamatórios, porque a inflamação é um mecanismo natural e essencial ao organismo. Mas equilibre a sua dieta, para que a resposta do organismo não seja excessiva". O sistema de classificação já faz parte dos recursos do Nutrition Data, uma dos sítios de referência na área da nutrição, que usa as bases de dados do Departamento de Agricultura do Departamento Norte-Americano, a par de informações fornecidas por produtores e restaurantes.


FORMULA UTILIZADA PARA CALCULAR O IF AVALIA, ENTRE OUTROS:


  • Quantidade e tipo de gordura;
  • Ácidos gordos essenciais;
  • Vitaminas, minerais e antioxidantes;
  • Índice glicêmico;
  • Compostos anti-inflamatórios.


ALIMENTOS COM IF NEGATIVA


Manteiga . -720
Arroz branco cru . -360
Cereais de pequeno-almoço . -238
Banana . -215
Nozes . -158
Carne de porco . -133
Bacon . -99
Batata . -70
Laranja . -65
Melancia . -63
Frango (peito/asa com pele) . -48
Pêssego . -45
Leite desnatado ou semi-desnatado . -43
Café . -32
Hambúrguer .-8



ALIMENTOS COM IF POSITIVO



Óleo de fígado de bacalhau . 7587
Gengibre (raiz) . 6450
Alho cru . 4939
Salmão . 601
Atum . 464
Cebola . 387
Amêndoa . 312
Bacalhau . 212
Cenoura . 193
Lentilha . 105
Abóbora . 70
Brócolos . 56
Uva . 53
Abacate . 52
Limão . 38
Soja . 29
Alface (sementes) . 21
Feijão . 18
Leite de soja . 10

Fonte: Revista Performance Nº 79